terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Processo criativo

Há ainda um enxame 
Tão lindo
E desinibido
Que cresce em mim

Um turbilhão
Mais de cem mil 
Ou um milhão 

Micro-explosões 
Em bilhões de
Pequenos neurônios 

Rabiscos e cores
À sorte de ninguém 
Esperando que um dia
Cheguem a respirar fora
Deste micro-lar

Contracorrente,
A poesia que nunca escrevi;
Aquela que nunca
Nascera

Entrenós há um terço 
De reza
Que preza 
Por esse início
Que mal começou
E já é o meio
De um fim.

Um comentário:

  1. O mundo foi.
    Tão vago desejo
    De beijo
    Ensejo intenso
    Desejo
    Nercejo em busca de nascente do Tejo.

    Imenso.
    Mais que tempo.
    O doce fruto do intento
    Tem mordidas velhas da percepção do que vejo.

    Lembro de tardes que nunca vivi
    Sorrisos que nunca vi
    Toques que nunca senti.
    Mas sinto saudade de todos,
    Como jamais admiti.

    Talvez, em palavras ébrias e tristes
    Envelhecidas por dores em riste
    Me lembro hoje, bêbado, que eu nunca te agradeci.

    Obrigado.

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