terça-feira, 22 de outubro de 2013

O amor é uma doença, Francisco.

O amor é a dádiva mais preciosa que o ser humano pode possuir e hoje sem dúvidas, digo que também é o fardo mais irreversível e pecaminoso em que a alma se enreda. O amor dói, Francisco. E é de uma dor tão intensa que não possuí antídoto ou cura pré-especificada. O amor é uma doença, querido. Uma doença com que aprendemos a conviver; diferente de algo como hipertensão, o amor é uma doença mais imediata.

Quero que saiba que eu quis mais que dormir ao seu lado, quis mais que ser a menina com que você se engraçava. Quis ser tua paz, tua loucura sã, tua tormenta. Eu quis ser tua heroína, quis estar nas tuas veias e pulsar no teu coração. Eu quis tanto ser tua, dividir os lençóis e o teto contigo. E quis tanto ser o teu amor. Quis ser teu tudo e no fim, nada fui.

Tuas palavras traiçoeiras ludibriaram meu coração ingênuo e o partiram. Essa dor me consome, você não vê? Meu sofrimento não mais te dói. E assim eu deveria fazer também, mas não sou de ferro, Francisco. Meu coração é tenro e ainda é terra tua.

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