Não sei se ainda tenho palavras a te escrever e as que tenho não
se encaixam quando tento transcrevê-las pra cá; nenhuma palavra parece
ser suficiente para expressar a urgência que tenho de ti, da tua pele,
do teu cheiro, do teu toque.
Você é um destino que toma rumos cada vez mais distantes dos meus,
você é uma necessidade tão avassaladora que faz o tempo ruir e se
estender como uma eternidade. Você faz falta e faz isso muito bem. Quiçá,
falta seja o que você sabe fazer de melhor. Você é uma urgência, uma
valsa que a minha alma precisa dançar. Você é a urgência que minha
pele grita e meu coração espera. Você é uma ausência, um vago, um trago
num cigarro quase apagado.
Num dia chuvoso, batendo à minha porta, com suas roupas encharcadas e o olhar
embriagado, você é a urgência pela qual eu esperei a vida inteira. E de
tão urgente e tão necessidade, você se fez espera e desvios
que pareciam não acabarem nunca. Você foi se procrastinando e deixando
o tempo resolver uma história que é nossa, que nós escrevemos; e hoje, você é
uma urgência pela qual desenvolvi dependência.
Você é a urgência que
quando beijo, devoro. E com que quando me deito, me entrego, me dou.
Você é a minha urgência e o teu amor foi a tatuagem que fiz na alma.
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