quarta-feira, 5 de março de 2014

posto que somos chama,
será que um dia iremos apagar?
ou será, que mesmo com o meu
descompasso, você há de me aceitar?

de fotos você não gosta e por hora,
relevo.
meus olhos te devoram e de repente,
sem nada dizer, eu me entrego.

tão confuso quanto uma obra de Machado,
você é quase um labirinto.
e mesmo sorrindo, só faz desconversar.

te quero grande, enorme, imenso.
te quero só pra mim, assim: simples.

e da sua pele macia,
minhas unhas covardes,
judiam.

meu espírito cigano, de repente comete
o pecado profano, de te amar pela metade.
somos assim: riso, conciso, sorriso, deslizo,
impreciso;
e uma palavra que não rima nem versa:
dúvida.

e com essa escrita tão singela,
desejo que leia nelas (as palavras), minhas verdades:
morro de medo da vida; muito já fui ferida,
mas não desisto de tentar.

o que é amar, senão, enfim, sempre recomeçar?

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