terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Desgosto em ter me apaixonado pelos teus gostos...

Eu, carioca da gema, morena quase índia, pura volúpia. Você, tão branco que reluz a luz do sol, retraído, quieto, cheio de opinião. Dono de uma voz que me arrepia, me ferve os sentidos, me impõe delírios. Você que se tornou um sonho bom nessa minha vida comprida, como diria Cícero. Arrisco ir além: um sonho tudo-de-bom-e-mais-um-pouco.

Meus sorrisos largos têm seu nome, existem pra você. Existem porque você os cativou; e foi longe, foi além do que eu previa, além do que eu queria. E por você, olha só, eu voltei a escrever sobre essa magia que costumava fulmegar dentro do meu peito e mais do que isso, eu voltei a senti-la. Voltei a crer, aprender, abraçar, aceitar, relevar.

De repente, tenho dentro de mim outra vez essa inquietação toda e essa vontade de gritar, cantar, dançar e dizer ao mundo coisas boas. Sobre mim, sobre você, sobre tudo o que podemos ser. E sobre esse teu carinho imenso que me é emplastro sobre as feridas subcutâneas e remédio para o coração partido.

Acredito em compatibilidade de almas. A minha abraça a tua e a aceita. E juntas são o todo mais lindo que eu já vi na vida. A minha solidão encontrou a sua solidão e agora ambas se fazem companhia. E olha pra você! Reluz. E sua risada é que nem música; deveria tocar na rádio, no horário de pico! Ou pelo menos eu acho.

E sabe, me permita te dizer que além de voltar a sorrir, meus olhos voltaram a brilhar. Muito me assusta que ainda haja tanto desse sentimento aqui dentro, muito me assusta sentir-me tão-bem-assim novamente... Olhei no espelho e pensei: "Apaixonada não. Nana-nina-não! Não pode ser." Ou será que pode? O que é permitido nesse nosso Universo-nada-paralelo?

Penso muito sobre. Penso muito a respeito. Penso muito. Não devia, eu sei. Mas faço.

Pensar demais atrapalha. Lembro disso dos tempos que subia nos palcos pra dançar e de repente esquecia o ritmo, a coreografia... Eu só respirava e fechava os olhos. Tudo fluía bem. As vezes não é bom pensar demais. Eu sei. Vou tentar não cogitar tantas possibilidades. E perdoe a bagunça, ainda estou organizando... As ideias, os planos, a vida... Está tudo em construção. Quer fazer parte?

E outra, não sei pronunciar seu sobrenome, acho que vai soar cômico se eu tiver de dizer qualquer hora dessas, mas prometo me esforçar. Pro-me-to. Porque por você toda tentativa é válida, todo esforço é possível; você me emana energias que me impulsionam a começar outro ciclo, outra vida. Você quase-que-apaga minhas dores do passado e se não apagou por completo, é por enquanto.

Tanto te gosto nas músicas que ouve como nas palavras que diz, tanto te gosto no jeito como escreve como te gosto nos erros de português que comete. E te gosto simples, de voz rouca e olhos puxados. Te gosto com essa risada deliciosa e com sua conversa maliciosa. E te gosto na carência que você diz que tem, mas eu nunca vi. Te gosto tanto quanto minhas palavras podem descrever como também gosto mais que isso. E te gostando tanto, sinto desgosto em lhe informar que você se tornou uma urgência inadiável.

Te quero pra ontem!

Vem pra cá, vem pra mim.


Fernanda F.

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