domingo, 8 de junho de 2014

Isso é o mais próximo que chego de você agora:
isso, essas palavras, 
essa saudade toda
e o desejo.

Profana,
voluptuosa, 
dona desses olhos de cigana:
te fito inteira e transcrevo pra cá.

Tento agora, mesmo que sem sucesso,
traduzir tua poesia na forma dessas
palavras tristinhas que não rimam;
versam.
E que agora conversam contigo.

Teus olhos fechados são meu escudo do mundo;
abertos, meu espelho mágico.
Teus lábios: cheios de uma doçura que amarga,
amarga, por estarem assim: tão longe dos meus.

Teus seios rasgam teu peito,
invadem o meu.
Contorço-me, escorro e grito,
sou toda tesão.
Quero-os engolir. 
Sugar, chupar, lamber, morder.

Vaca profana. Puta - CHAMA-ME ASSIM! (Caixa alta) -.
Chama que eu adoro e ainda peço bis.
Viola-me, rompe o molde.

Faças-me tanger à ti.

Esfrega na minha cara, mulher!
E grita.
E geme.
E goza.
Por mim.

Penetra à mim assim:
sentidos,
sentimentos.
Amor e volúpia.

Derrama em mim a cor do teu pecado:
essa tua pele que arde nas minhas veias.
E ó: não desiste.
Insiste.
Continua.

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