quando tortinhos,
eram um mantra de desapego.
Tua conversa curta combinou certo
com o tamanho da minha saia,
que assanhada por te ver,
sempre sobe.
Teus braços longos cruzaram
não-tão-curtas distâncias para
abraçar-me.
Fizeram de mim coisa tua,
coisa nua,
coisa-pessoa-mulher completa
em todos os sentidos.
Teus lábios,
infinitos poços de
ínfima doçura,
sugaram-me a
umidez que lustrava
a boca e a boceta.
Tuas mãos não-tão-dóceis
castigaram-me o rosto de
pele-de-bebê.
Bate.
Bate mais forte.
Não dói. Excita! – exclamava em pensamento -.
Batia com as mãos firmes
revestidas de suas luvas de pelica.
Será que vira poesia? – Questionava -.
Não dói.
Excita.
Desfazia-me em deleite.
Meu gozo nas tuas mãos, mulher,
é fácil.
Dá-me os lábios pr’eu sugar.
Quais?
Os de cima,
os de baixo.
Todos.
Estava escrito: era para ser assim.
“Serás o meu amor“.
Para sempre.
“Serás o meu amor“.
Para sempre.
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