quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Um pânico me congela as extremidades,
coisa
de
covarde;
julgo.

Besteira!

É normal temer
o que se quer tanto
e chegar a pensar
que não quer.

Porque de tanto querer,
estraga.
Amarga.
Aparta.

Será?

Engulo o choro,
a ânsia.
Engulo tudo,
menos o
gozo
dela.

Converso com as paredes
e flores,
verso para o reflexo no
espelho,
me compadeço da dor
que não é minha - a minha dor,
quem acolhe?

Aqui é nó,
lá é laço.
Aqui sou só,
lá abraço.

Minhas rimas pobres
e insossas
talvez façam algum sentido
acolá;

Na Terra do Sol,
onde todo dia
é dia.
É dia.
Dela.

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